Você já ouviu falar sobre retenção de líquido, certo? Também chamada de linfedema, a condição se caracteriza pelo acúmulo de líquidos em determinada área do corpo, o que leva ao inchaço. Essa situação pode acontecer depois de uma cirurgia, além de, também, ser comum depois da retirada de gânglios linfáticos afetados por células malignas, devido ao câncer, por exemplo.
Além do inchaço local, a pessoa pode apresentar sensação de peso, tensão, e dificuldade de movimentar o membro afetado.
Por que surge o linfedema?
O linfedema é o acúmulo de linfa, que é um líquido e proteínas fora da circulação sanguínea e linfática no espaço entre as células.
O linfedema pode ser classificado como primário ou secundário.
No primário, apesar de ser muito raro, é quando é causado por alterações no desenvolvimento do sistema linfático, ou seja, o bebê já nasce com essa condição. O inchaço pode surgir em idades de até 35 anos.
Já o secundário acontece devido a alguma obstrução ou alteração no sistema linfático devido a doença infecciosa, como a elefantíase, obstrução causada pelo câncer ou consequência do seu tratamento, devido a cirurgia, lesão traumática ou doença inflamatória. Nesse caso, há sempre inflamação dos tecidos envolvidos e risco de fibrose.
É muito comum o linfedema após o câncer de mama, quando são retirados gânglios linfáticos na cirurgia de extração do tumor, porque a circulação linfática fica prejudicada, e por força da gravidade, o excesso de líquidos fica acumulado no braço.
Linfedema tem cura?
Não é possível curar o linfedema, porque o resultado do procedimento não é definitivo, havendo necessidade de um outro período de tratamento. Contudo, pode reduzir o inchaço de forma significativa, sendo recomendada a intervenção clínica e fisioterapêutica.
Dra. Carolina Melo – Cirurgiã Vascular (CRM-DF 17114 / RQE 12652)